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Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Análogos de carne, uma moda passageira ou que veio para ficar?

 A crescente preocupação da população com o meio ambiente, as demandas relacionadas aos direitos dos animais e as questões de saúde e bem-estar permitiram que um novo leque de opções para uma possível transição alimentar de aporte proteico se abrisse dentre as opções alimentares dos consumidores brasileiros, com dietas ricas em produtos mais naturais e orgânicos.

(A crescente preocupação da população com o meio ambiente, as demandas relacionadas aos direitos dos animais e as questões voltadas à busca de saúde e bem-estar propiciaram o surgimento de um novo leque de opções para uma possível transição alimentar de aporte proteico dentre as preferências alimentares dos consumidores brasileiros, contemplando novas possibilidades de dietas com produtos mais naturais e orgânicos.) > sugestão

 Desde o final da década dos anos 2000, as estimativas de mercado do ramo alimentício reportaram(registraram) um aumento no número de vegetarianos e veganos entre seus principais compradores, representando quase 30 milhões de brasileiros (20% da população) de uma geração mais sustentável e preocupada com o futuro tanto da nação quanto do meio ambiente, devido principalmente às preocupantes notícias sobre desmatamentos, queimadas e até mesmo vendas de áreas de preservação natural e de matas fechadas para atividades de Agropecuária.

Mas será que essa nova tendência é somente para aqueles que não fazem questão de ingerir muita carne em sua alimentação?

Com a necessidade de garantir padrões mais sustentáveis e eficientes na utilização de recursos naturais para o consumo humano, iniciaram-se intensas pesquisas e produções de alimentos conhecidos como Plant-based, ou, análogos de carne, produtos fabricados a partir de matérias-primas de origens totalmente vegetais, que imitam o sabor, a cor, a textura e os valores nutricionais de alimentos originalmente feitos à base de matérias-primas animais, como carne, leite e ovos.

Como alguns exemplos dessa novidade de mercado, temos produtos salgados e doces, como os hambúrgueres de soja, almôndegas feitas de proteína de ervilha, salsichas de grão de bico e chocolates à base de leite vegetal de amêndoas.

Porém, esses alimentos não são pensados(destinados) apenas para veganos e vegetarianos em sua totalidade; de acordo com o site G1 de notícias, desde o ano de 2016 uma parcela considerável da comunidade, cerca de 67% dos brasileiros, entre eles, principalmente mães e pais de família, têm optado por dietas mais saudáveis para suas casas, escolhendo alimentos menos processados industrialmente e com mais fontes de vitaminas e minerais, reduzindo assim o consumo de carne em suas refeições. Dessa forma, “criou-se” o flexitarianismo, termo que abrange aqueles que não deixaram de comer carnes, mas diminuíram a quantidade, entre 1 a 3 vezes na semana, de consumo de produtos oriundos de animais em suas casas, a fim de melhorarem seus hábitos.

Dessa forma, podemos citar alguns benefícios ao se trocar ocasionalmente a ingestão de alimentos cárneos por alimentos plant-base, tanto para nossa saúde quanto para a preservação do meio ambiente. Algumas delas são:

Para nós:

  • Redução de doenças crônicas e neurodegenerativas;
  •  Diminuição de doenças coronárias, câncer e diabetes;
  • Melhor controle de peso;
  • Fortalecimento dos sistemas imunológico e cardiovascular.

Para o meio ambiente:

  • Maior conservação da biodiversidade e de recursos naturais;
  • Diminuição de poluentes como os gases que geram o efeito estufa.

Entretanto, como tudo na vida, os análogos de carne não possuem somente um lado bom; por serem uma novidade de mercado e se utilizarem de tecnologias de última geração, os produtos são comercializados com um alto valor agregado, sendo pouco acessíveis à parte mais carente da população; além de que, se feita de forma errada, e sem acompanhamento médico, uma dieta com déficit de proteínas pode levar o consumidor a sofrer com a falta de vitaminas e minerais, alta ingestão de teor de sódio, calorias e gorduras, fatores que podem comprometer seriamente o correto funcionamento do organismo humano.

Agora que já exploramos os principais conceitos derivados dessa nova tendência, podemos promover e nos questionarmos sobre uma alimentação mais consciente e sustentável ao escolhermos(optarmos por) reduzir o desperdício e o alto impacto gerado pelo uso descontrolado dos recursos naturais, mudando levemente nossos hábitos alimentares para opções mais orgânicas(saudáveis).

Referências:

AGUIAR, Jessica Daniele Rodrigues; SANTOS, Valdir de Oliveira dos. Plant based: correlação com dietas vegetarianas e sua importância na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Orientadora: Elke Shigematsu. 2022. 13 f. Trabalho de conclusão de curso (Curso superior de Tecnologia em Alimentos) – Fatec Estudante Rafael Almeida Camarinha, Marília, SP, 2022.

COSTA, Larissa Cabral Rebouças Caldeira da; JESUS, Rafael Oliveira de; PEDREIRA, Beatriz de Oliveira; SANTOS, Tâmysa Ferreira dos. ALIMENTOS PLANT-BASED: inovação na indústria de alimentos. Recima21 – Revista Científica Multidisciplinar – Issn 2675-6218, Bahia, v. 5, n. 3, p. 535019, 21 mar. 2024. Editora RECIMA21 LTDA. http://dx.doi.org/10.47820/recima21.v5i3.5019.

LIMA, Miguel et al. ALIMENTAÇÃO À BASE DE PLANTAS: UMA REVISÃO NARRATIVA: plant-based diets: a narrative review. 2021. 7 f. Tese (Doutorado) – Curso de Nutrição, Associação Portuguesa de Nutrição, Portugal, 2021. Disponível em: file:///C:/Users/suele/Downloads/07_ARTIGO-REVISAO.pdf. Acesso em: 20 fev. 2025.

FONSECA, Jaqueline Daniela de Oliveira. Inovação na produção de proteínas alternativas plant-based. Cadernos de Ciência & Tecnologia, [S.L.], v. 41, p. 27547, 31 jul. 2024. Cadernos De Ciencia E Tecnoloxia. http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2024.v41.27547.

FERRARI, Mariana Costa. Proteínas e ingredientes alternativos no desenvolvimento de produtos plant-based: uma visão sobre sustentabilidade na cadeia de produção de alimentos e a valorização de ingredientes nativos do Brasil. 2022. 75 f. TCC (Graduação) – Curso de Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Agrárias Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Florianópolis, 2022. Disponível em: file:///C:/Users/suele/Downloads/TCC_Mariana_Ferrari_corrigido_2022%20(1).pdf. Acesso em: 23 fev. 2025

VITAFOR. Cresce o número de vegetarianos no Brasil; adeptos podem chegar a 40 milhões em 2023. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/especial-publicitario/vitafor-nutrientes/dicas-de-saude-com-a-vitafor/noticia/2023/09/19/cresce-o-numero-de-vegetarianos-no-brasil-adeptos-podem-chegar-a-40-milhoes-em-2023.ghtml. Acesso em: 08 mar. 2025.

• Aluna: Gabriela Andretta Pignata
• Orientação: Ilana Racowski

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