Muitas pessoas, principalmente jovens, almejam fazer intercâmbio, uma experiência extremamente enriquecedora que, além de proporcionar a vivência em uma cultura diferente, possibilita crescimento pessoal, autonomia, novas perspectivas, e, é claro, a prática de outro idioma. O conceito de intercâmbio mudou ao longo dos tempos, tornando-se mais amplo. Inicialmente, dois estudantes de países diferentes “trocavam” de lugar, vivenciando o cotidiano em outra cultura. Hoje, não há necessidade dessa troca; basta que a pessoa permaneça um período imerso em outra cultura no exterior a fim de adquirir novos conhecimentos e experiências.
As possibilidades são muitas para quem deseja ter essa vivência, por isso, é necessário informar-se, planejar e economizar para que esse sonho se torne realidade. Primeiramente, reflita qual o seu objetivo e quanto tempo você pretende ficar em outro país. Você gostaria de se aperfeiçoar em outro idioma? Dar um upgrade em seu currículo? Só dispõe de suas férias para ter essa experiência ou de mais tempo? São muitas as opções de intercâmbio, portanto, é necessário definir o que você busca, de acordo com suas condições.
Os cursos de idioma estão entre os mais procurados e sua duração é bem flexível, podendo atender quem dispõe apenas de algumas semanas ou até meses para realizar o intercâmbio. Os cursos são variados: intensivos, semi-intensivos, preparativos para exames de proficiência na língua, voltados para a comunicação corporativa, entre outros. Se sua intenção é focar no aprendizado ou aperfeiçoamento do idioma, tenha em mente que o curso é apenas uma parte do processo. É importante ter contato com pessoas fora da escola, em restaurantes, supermercados, lojas, etc., principalmente para treinar a conversação com falantes nativos. Se você só mantiver contato com colegas de curso, que também estão ali para aprender e não são fluentes na língua, o aprendizado não será tão proveitoso.
Se você já tem certo conhecimento do idioma, tempo e dinheiro, pode investir em um curso de graduação ou de especialização. Porém, os processos seletivos no exterior costumam ser complexos. É preciso se informar bem sobre os critérios avaliados por cada instituição de ensino. Para países que têm a língua inglesa como oficial, por exemplo, você precisará comprovar seus conhecimentos através de exames de proficiência como TOEFL, IELTS e Cambridge. Cada instituição estabelece os testes aceitos e a pontuação mínima que o candidato precisa obter para tentar uma vaga. Além disso, podem ser avaliados: histórico escolar, testes aplicados no país, cartas de recomendação, redação, entrevista, entre outros, de acordo com a instituição e a modalidade de curso. Portanto, se essa é sua intenção, é necessário pesquisar e se preparar. Para quem pretende realizar apenas uma parte do curso no exterior, algumas instituições de ensino do Brasil possuem convênio com universidades em outros países, oferecendo programas para os estudantes realizarem um semestre do curso fora. Se este for o seu caso, verifique se sua faculdade ou universidade possui um programa como esse.
Além de fazer um intercâmbio no intuito de estudar, é possível também trabalhar como voluntário, inscrever-se em um summer job durante suas férias ou participar de um programa de Au Pair, no qual você mora com uma família por um ano e recebe um salário para cuidar das crianças, enquanto realiza algum curso.
Após definir o tipo de intercâmbio que deseja fazer, chegou a hora de escolher o local de destino, tendo em vista o seu objetivo. Pesquise países e cidades que oferecem o que você está buscando, não se esquecendo de se informar sobre as exigências para obtenção de visto, custo de vida, clima, hábitos locais, enfim, tudo o que pode interferir em sua ida e estadia no local. Há várias agências especializadas em intercâmbio que podem auxiliá-lo nesse processo. Porém, dependendo da modalidade de intercâmbio escolhida, é possível pesquisar e fechar sua viagem totalmente por conta, a fim de economizar.
Definidos o objetivo, modalidade de intercâmbio e local, comece a se planejar financeiramente. Lembre-se de que seus gastos podem incluir: documentos para viajar (passaporte, visto e taxas adicionais dependendo da categoria do visto), documentos para se matricular em uma escola (tradução juramentada de histórico escolar, por exemplo), passagem aérea, seguro saúde, curso, estadia, alimentação, transporte, passeios. Pesquise e calcule os gastos que terá antes e durante a viagem. Para se organizar, faça uma planilha com tudo o que precisa ser feito para que o intercâmbio aconteça e os gastos que serão gerados. Então, estipule uma meta mensal de economia, de acordo com suas possibilidades, total de investimento previsto e o tempo que falta até a data da viagem.
Com o planejamento pronto, comece a providenciar documentos necessários para a viagem com certa antecedência, para que imprevistos não atrapalhem seu cronograma. Lembre-se de que planejando seu intercâmbio detalhadamente, você consegue aproveitá-lo com muito mais tranquilidade.
Outras dicas:
- Como a taxa de câmbio varia constantemente, acompanhe a cotação da moeda corrente do local de destino e vá comprando-a aos poucos, criando assim uma reserva.
- Caso seja necessário visto para realizar o intercâmbio, compre a passagem após obtê-lo, para não correr o risco de ter ainda mais prejuízo se ele for negado.
- Para comprar a passagem aérea, pesquise em sites que comparam valores e crie alertas de preços.
- Aproveite o tempo livre para conhecer não somente os pontos turísticos como também os locais populares entre os residentes. Assim, você fará uma verdadeira imersão cultural.
Fonte: https://www.ci.com.br/intercambio/sobre
Mariana Morimura (Colaboradora do setor de Comunicação, do CEFSA)
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo
Pós-graduada em Marketing