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Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Técnicas de Redação – Parte VIII – As Etapas do Ato de Redigir (cont.)

Ainda versando sobre as etapas do ato de redigir, vimos, nos textos anteriores, duas delas: a preparação e o planejamento. Como já enfatizamos, o emprego dessas etapas é uma maneira de desenvolver o trabalho de criação de um texto de forma progressiva e cadenciada, facilitando enormemente essa árdua tarefa. Neste capítulo, apresentaremos as duas fases finais desse processo: a execução e a finalização.

Terceira Etapa: Execução

Uma vez lançadas as palavras ou frases na primeira etapa e elaborado o esquema de redação, na segunda, podemos passar para o terceiro momento, que é a execução propriamente dita do texto.

Nesta fase, a composição começa a tomar corpo efetivamente. Por isso, recomenda-se que seja redigida do começo ao fim, obviamente com maior cuidado do que na primeira etapa. Não há necessidade de rapidez, a não ser que você esteja participando de um exame ou concurso e o tempo seja exíguo; também não é preciso ainda ter extremo cuidado com a correção gramatical, para não perder a linha de pensamento. A única preocupação é não se desviar da sequência de ideias estabelecida no esquema e redigir o texto, contínua e sistematicamente. Qualquer paralisação neste estágio do processo pode interromper o fluxo de ideias e prejudicar o todo.

Quanto à organização, se você perceber que falta coesão ou unidade entre os parágrafos e que as ideias não estão se encadeando adequadamente, não se preocupe. Continue escrevendo. A experiência nos diz que a técnica mais eficaz é redigir o texto do princípio ao fim, sem interrupções, e fazer uso das palavras conforme forem surgindo na mente.

Quarta Etapa: Finalização e Revisão

Afinal, a redação já está pronta, ou, pelo menos, o seu contexto básico. É preciso agora dar uma finalização, ou seja, efetuar os retoques finais, “burilar” o texto e, se preciso, reescrever parágrafos inteiros, remanejar frases ou palavras, enfim, revisar a produção toda com o máximo de cuidado. É neste ponto que você deve passar a se preocupar com o fator qualidade. Para isso, é preciso reler o que você já escreveu, cuidadosamente, verificando se essa produção atende a sete quesitos fundamentais para ser considerada boa ou excelente, matéria que será veiculada no nosso próximo artigo.

No entanto, desde já, é válido ressaltar, com veemência, um dos aspectos mais importantes em todo esse processo: a leitura exaustiva, quantas vezes forem necessárias, do texto produzido, com o máximo de atenção e rigor.

Um das dicas mais eficazes nesse estágio da produção do texto é pedir a outra pessoa que o leia e faça uma meticulosa avaliação. Obviamente, tal tarefa não pode ser delegada a qualquer um. Procure escolher alguém que tenha boa experiência no domínio das letras, preferencialmente, uma pessoa que esteja em contato constante com textos ou tenha o saudável costume da leitura. De modo geral, os que leem com frequência têm um bom conhecimento das técnicas e estratégias de construção de um texto, se não de forma didática, valendo-se de sua própria experiência de leitura.

É importante, também, que seja uma pessoa acessível e compreensiva, que não adote uma atitude de arrogância e prepotência, depreciando a produção e humilhando o autor ao destacar possíveis erros e falhas. As piadinhas e os comentários indelicados de um leitor maldoso podem se tornar o pior inimigo de seu trabalho nesta hora.

 

Colaboração: Sérgio Martins (ex-professor do CEFSA e atual colaborador do Setor de Comunicação nos serviços de revisão de textos)

 

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