O branding vai muito além de identidade visual ou publicidade. Ele é a gestão estratégica de um ativo intangível que não apenas impulsiona o crescimento dos negócios, mas também gera conexões autênticas com o público.
Mais do que vender um produto ou serviço, marcas bem-sucedidas se tornam parte da cultura e moldam o mundo ao seu redor. Quer entender como o branding se relaciona com a cultura e pode transformar marcas? Continue lendo!
Branding como reflexo da cultura empresarial
O que torna uma organização verdadeiramente relevante? A resposta não está apenas na qualidade do que ela oferece, mas no impacto que gera na sociedade.
O branding eficaz está profundamente enraizado na cultura em que está inserido, funcionando como um espelho e um motor de transformação.
No Brasil, por exemplo, 83% dos brasileiros sentem orgulho de sua nacionalidade (fonte: Valometry). No entanto, esse orgulho nem sempre se traduz em valor para marcas locais. Como transformar a brasilidade em diferencial competitivo e conexão autêntica?
Cultura como potência econômica
A cultura é muito mais do que expressão artística, é geradora de riqueza. A economia criativa no Brasil representa 3,11% do PIB, superando setores tradicionais como o automotivo (2,5%) (fonte: ECIC).
O carnaval de 2024, por exemplo, movimentou R$ 5 bilhões, evidenciando seu impacto(potencial) cultural e financeiro. Fora do Brasil, a turnê The Eras Tour, de Taylor Swift, injetou US$ 4,3 bilhões no PIB dos EUA em 2023, tamanha sua influência na economia daquele país (fonte: Você S.A.).
Da mesma forma, os ensaios de carnaval da cantora Anitta faturaram R$ 30 milhões em 2024 com apenas 10 shows, mostrando como eventos culturais podem se tornar modelos de negócio sustentáveis.
O poder da influência cultural
O Brasil lidera o ranking mundial de influenciadores digitais, com mais de 500 mil criadores de conteúdo. Esse fenômeno ressalta o “Efeito Fernanda Torres”: a capacidade de vozes brasileiras se projetarem globalmente, ampliando o impacto da nossa cultura.
Quando um povo compartilha algo em comum, cria-se uma potência imbatível. Figuras como Nelson Rodrigues e Candeia são exemplos de como a cultura brasileira se manifesta em diversas formas artísticas, gerando identidade e pertencimento.
Case de Sucesso: a virada cultural da Coreia do Sul
Em 1960, o PIB da Coreia do Sul era de apenas US$ 158 milhões. Em 2023, atingiu US$ 35,5 trilhões. Um dos pilares dessa ascensão foi o investimento governamental em cultura e educação.
A indústria do entretenimento sul-coreana conquistou o mundo com estratégias de branding cultural bem estruturadas.
O filme Parasita, vencedor do Oscar em 2020, é um exemplo de como o país soube exportar sua identidade e construir relevância global. Além disso, os doramas têm conquistado os brasileiros e o mundo.
Mais do que boas produções, a Coreia criou um forte senso de comunidade e pertencimento através do seu branding cultural.
Marcas e o espírito do tempo
“Marcas relevantes, que têm capital cultural e geram impacto, são ativas no espírito do tempo” – frase de Ana Couto, CEO da agência anacouto e da plataforma de conteúdo e aprendizagem LAJE. O branding eficaz não se resume a em criar logotipos ou campanhas publicitárias. Ele envolve uma conexão profunda com a cultura, influenciando e sendo influenciado por ela. Marcas que compreendem isso se tornam atemporais e essenciais para seus públicos.
• Aluna: Layse Bernardo de Almeida
• Orientador: Jorge Luiz Azevedo