Ao longo dos anos, muitas formas de estudos foram sendo descobertas com o objetivo de ajudar os estudantes no seu processo acadêmico, seja ele na escola ou na universidade.
A formalização e a sistematização sobre métodos de estudos ganharam mais destaque no campo da Psicologia Educacional no século XX, com pesquisadores, psicólogos e neurocientistas como Jean Piaget, Lev Vygotsky e Benjamin Bloom, além de educadores contemporâneos que continuam a expandir o nosso entendimento sobre como as pessoas aprendem, explorando técnicas eficazes de aprendizado e retenção de informações.
A hipótese de alguns estudiosos é que práticas como a repetição mnemônica (técnica de aprendizagem usada para auxiliar na memorização e retenção de informações por meio da repetição frequente), utilizadas por filósofos gregos antigos, e métodos tradicionais de ensino em várias culturas podem ser considerados alguns dos primeiros métodos formais de estudo. No entanto, identificar o “método de estudo mais antigo” é desafiador, pois as estratégias de aprendizado têm evoluído ao longo da história de maneira complexa.
Alguns dos métodos são:
- Técnica Pomodoro: a Técnica Pomodoro foi desenvolvida por Francesco Cirillo no final da década de 1980. Essa técnica é muito utilizada por pessoas que não conseguem manter o foco por muito tempo, consistindo em um foco intenso de estudos por apenas 25 minutos (no mínimo) e uma pausa curta de aproximadamente 5 minutos. Após 4 ciclos desses que forem concluídos, o estudante pode ter um descanso longo de 15 minutos, e depois, voltar para uma nova etapa, se for preciso.
Esse método ajuda na eficiência e consistência dos estudos, já que o cérebro associa que quando acabar um tempo limitado ele receberá uma “recompensa”.
- Mapas Mentais: ele foi popularizado por Tony Buzan, um psicólogo e escritor britânico, na década de 1970, e tem como principal objetivo organizar informações visualmente. Esse método é muito utilizado por pessoas que consideram ter uma “memória fotográfica”, usando muitas cores, palavras-chave, frases marcantes, “macetes” e conexões para representar os conteúdos facilitando a aprendizagem na hora da revisão e da compreensão de tópicos.
- Resumos: eles contêm informações extensas em versões mais curtas, destacando postos-chave e deixando a parte mais importante do conteúdo em destaque. Essa técnica ajuda na revisão rápida e na compreensão de informações essenciais. É mais comum esse tipo de método ser usado para estudos rápidos que vão auxiliar num tempo próximo a atividade que requer o estudo de um determinado conteúdo.
- Revisão Espaçada: distribui o estudo ao longo do tempo, podendo ser horas, dias, semanas ou meses. Ela ajuda na fixação do conteúdo revisando informações em intervalos regulares. Isso fortalece a retenção a longo prazo, pois evita a concentração apenas em curtos períodos. Ela pode se conectar, também, com os resumos e mapas mentais falados anteriormente, já que os outros dois métodos são mais usados para a revisão.
- Método de Caso (Harvard): baseia-se na análise profunda de casos práticos, geralmente cenários do mundo real. Os estudantes participam ativamente de debates, desenvolvendo habilidades analíticas de resolução de problemas e tomada de decisão.
- Método EPL2R: também conhecido como método EPLER, é uma técnica de leitura ativa que visa melhorar a compreensão e retenção do material dividido em quatro etapas:
- Examinar: examine o título, subtítulos e qualquer gráfico ou ilustração presentes no material. Isso fornece uma visão geral do conteúdo antes da leitura detalhada dando um pré-entendimento sobre aquilo que está sendo estudado.
- Preveja: com base na análise inicial, faça previsões sobre o que você espera encontrar no texto e tente se lembrar de algo que já tenha visto antes em sites, aulas, etc.; isso ativa seu conhecimento prévio e prepara sua mente para o conteúdo específico.
- Ler: leia atentamente o material; durante a leitura, procure confirmar ou ajustar suas previsões; destaque e anote pontos-chave para facilitar a revisão posterior, que também poderá ser feita a partir de outros métodos.
- Refletir: após a leitura, reflita sobre o que aprendeu; elabore para si mesmo questões como: “Qual é a mensagem principal?” ou “Como isso se relaciona com o que eu já sabia?”.
Cada método possui vantagens distintas, e a combinação adequada pode variar de acordo com o indivíduo e o tipo de conteúdo estudado. Experimente diferentes abordagens para descobrir o que funciona melhor para você.
REFERÊNCIAS
MONTEIRO, Sílvia; VASCONCELOS, Rosa; ALMEIDA, Leandro S.. Rendimento académico: influência dos métodos de estudo. 2005. Disponível em: https://hdl.handle.net/1822/4204. Acesso em: 05 mar. 2024.
REGITAN, Paola. JÁ OUVIU FALAR EM MAPAS MENTAIS? CONFIRA AQUI TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ELES! 2021. Disponível em: https://www.ibirapuera.br/ja-ouviu-falar-em-mapas-mentais-confira-aqui-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-eles/. Acesso em: 09 mar. 2024.
15TÉCNICAS de estudo para aumentar sua concentração. Disponível em: https://www.florence.edu.br/blog/tecnicas-de-estudo/. Acesso em: 05 mar. 2024.
• Autoras: Sofia Esteves Ramalho e Lívia dos Santos Santana, da Colégio Engenheiro Salvador Arena.
• Orientador: professor Igor de Oliveira Franco
Muito bom!!