O livro “Oceano Azul”, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, propõe uma abordagem inovadora para o sucesso empresarial, desafiando a ideia tradicional de competir em mercados saturados e vermelhos onde as empresas lutam por uma fatia do mercado existente. Em vez disso, os autores defendem a criação de “oceanos azuis”, novos espaços de mercado onde a concorrência é irrelevante e as oportunidades são abundantes.
A principal ideia por trás do conceito de “oceano azul” é que as empresas podem alcançar um crescimento lucrativo e sustentável ao criar valor para os clientes de maneiras únicas e inovadoras. Isso envolve a identificação e exploração de nichos de mercado não atendidos, redefinindo os limites da indústria e rompendo com as convenções estabelecidas.
Para criar um “oceano azul”, as empresas devem seguir quatro princípios-chave:
- Eliminar: identificar e eliminar elementos do setor que não agregam valor aos clientes, reduzindo custos e simplificando a oferta.
- Reduzir: reduzir a ênfase em áreas de competição tradicionais e concentrar os esforços em fatores que são mais valorizados pelos clientes.
- Elevar: elevar o valor percebido pelos clientes, oferecendo benefícios adicionais ou novos elementos que os concorrentes não fornecem.
- Criar: criar novos elementos ou serviços que atendam às necessidades não atendidas dos clientes e diferenciem a empresa no mercado.
Um exemplo de “oceano azul” no setor tecnológico está presente na Apple quando ocorreu o lançamento do ipod e posteriormente do iTunes. Enquanto outros fabricantes de eletrônicos de consumo competiam em um mercado saturado de MP3 players, a Apple criou um ecossistema completo de hardware, software e serviços que revolucionaram a forma como as pessoas ouviam música. Ao oferecer uma experiência integrada e fácil de usar, a Apple criou um novo mercado e estabeleceu uma vantagem competitiva duradoura.
Outro exemplo bem conhecido pode ser observado com a fornecedora de streaming Netflix. Inicialmente, a empresa começou como um serviço de locação de DVDs pelo correio, mas logo percebeu uma oportunidade de mercado pouco explorada: o streaming de vídeo. Ao oferecer uma vasta biblioteca de filmes e séries por meio da internet, a Netflix criou um novo mercado e transformou a forma como as pessoas consomem entretenimento em casa. Esse movimento ousado permitiu que a Netflix se destacasse da concorrência e se tornasse uma das líderes globais do setor de streaming de vídeo.
Ao adotar uma abordagem de “oceano azul”, as empresas podem escapar da competição acirrada dos mercados vermelhos e criar seu próprio espaço de mercado, onde podem crescer e prosperar de maneira significativa. Essa abordagem não apenas impulsiona o sucesso empresarial, mas também estimula a inovação e a criação de valor para os clientes.
Assim, ao invés de se contentar em competir em mercados saturados, torna-se interessante explorar o vasto potencial dos “oceanos azuis” para criar novas oportunidades de crescimento e sucesso.
• Autor: Matheus Duarte Costa, aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação, da Faculdade Engenheiro Salvador Arena
• Orientador: professor Fernando Pizzo Ribeiro