Crescendo Juntos

Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Desafios da geração z no mercado de trabalho

A inserção da Geração Z no mercado de trabalho tem gerado discussões sobre mudanças organizacionais, inovação nos formatos de trabalho e novas exigências para as lideranças. Formada por jovens nascidos entre 1996 e 2010, essa geração chega ao ambiente profissional com valores e expectativas que diferem significativamente das gerações anteriores.

Esse público cresceu em um mundo hiperconectado, onde a tecnologia moldou não apenas sua comunicação, mas também suas expectativas sobre o trabalho. Diferente de gerações anteriores, que viam a estabilidade profissional como um objetivo primordial, esses indivíduos priorizam a flexibilidade, oportunidades de aprendizado contínuo e um ambiente de trabalho alinhado aos seus valores pessoais.

Por outro lado, as organizações enfrentam dificuldades em adaptar suas estruturas e modelos de liderança para integrar essa nova força de trabalho. Segundo o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas 2024” do Ecossistema Great People & GPTW[1], um dos principais desafios enfrentados pelas empresas atualmente é a dificuldade de lidar com as diferentes gerações e suas expectativas. Aproximadamente 51,6% dos entrevistados afirmaram enfrentar dificuldades nessa integração.

Seguindo nesse prisma, a cultura organizacional exerce um papel crucial na adaptação desses jovens ao ambiente de trabalho. A cultura corporativa tradicional, muitas vezes baseada em relações de poder verticais e centralizadoras, pode ser vista como um obstáculo para a criatividade e inovação. Essa geração espera um ambiente no qual seus membros possam expressar suas opiniões e participar ativamente das decisões. No entanto, muitas organizações ainda mantêm lideranças que resistem a essas mudanças, perpetuando um modelo de gestão mais tradicional. Isso pode levar a conflitos geracionais, desmotivação e, consequentemente, altas taxas de rotatividade. Empresas que conseguirem equilibrar autoridade com autonomia tendem a se destacar na retenção de talentos da Geração Z.

Outro aspecto fundamental para essas pessoas é a saúde mental e o bem-estar no ambiente corporativo. De acordo com o relatório, a saúde mental foi apontada como o principal desafio da gestão de pessoas em 2023, demonstrando que os profissionais da Geração Z têm maior consciência sobre os impactos do trabalho na sua qualidade de vida. Para reter talentos desse grupo, as empresas precisam investir em programas de suporte psicológico, jornadas de trabalho mais flexíveis e lideranças mais empáticas. A Geração Z espera líderes mais acessíveis, que ofereçam feedback contínuo e oportunidades de crescimento profissional. A transformação digital também desempenha um papel central na relação dessa geração com o trabalho.

O uso da Inteligência Artificial e outras tecnologias emergentes já é uma realidade, e essa geração está mais preparada para adotar novas ferramentas que otimizam a produtividade. Ademais, esse público espera que a tecnologia seja utilizada para tornar os processos mais eficientes, reduzindo atividades burocráticas desnecessárias e possibilitando um ambiente de trabalho mais dinâmico e acessível.  A entrada da Geração Z no mercado de trabalho representa tanto desafios quanto oportunidades para as organizações. Se, por um lado, suas demandas exigem mudanças estruturais, por outro, essa geração tem o potencial de impulsionar a inovação e transformar a cultura organizacional das empresas. O futuro do trabalho está sendo redesenhado, e a Geração Z está no centro dessa transformação

[1]Disponível em: cms_files_2705_1707416946Relatrio_Tendncias_Gesto_de_Pessoas_2024_-_Ecossistema_Great_People__GPTW.pdf.

• Aluno: Uanderson Vitor dos Santos
• Orientador: Manoel Garcia

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao topo