A primeira história em quadrinhos moderna foi criada pelo artista americano Richard Outcault, em 1895. “A linguagem das HQs, com a adoção de um personagem fixo, ação fragmentada em quadros e balõezinhos de texto, surgiu nos jornais sensacionalistas de Nova York com o Yellow Kid (Menino Amarelo)”, diz o historiador e jornalista Álvaro de Moya, autor do livro História da História em Quadrinhos.
A tirinha de Outcault fez tanto sucesso que os grandes jornais nova-iorquinos entraram em pé de guerra para ter o Yellow Kid em suas páginas. Mas é claro que esse formato original para contar uma história não surgiu na cabeça de Outcault de uma hora para outra. Se a gente for buscar as primeiras raízes das HQs, podemos chegar às pinturas rupestres feitas pelos homens pré-históricos, que serviam para contar, por exemplo, como eram suas aventuras nas caçadas.
“As histórias em quadrinhos constituem um meio de comunicação de massa que agrega dois códigos distintos para transmitir uma mensagem: o linguístico (texto) e o pictórico (imagem)”, diz o pesquisador Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisa de Histórias em Quadrinhos, da Universidade de São Paulo (USP). Foi só no século XIX que essa modalidade de comunicação se consolidou com pioneiros como o suíço Rudolph Töpffer, o francês Georges Colomb e até o italiano Angelo Agostini, radicado no Brasil desde os 16 anos de idade. Apesar de esses artistas terem criado trabalhos unindo texto e imagem anos antes de Yellow Kid, características importantes das HQs modernas, como o uso dos balõezinhos com as “falas”, por exemplo, só surgiriam realmente nas tirinhas do personagem americano.
INDICAÇÕES DE HQs:
• Dom Quixote
• Shakespeare
• Oliver Twist
• Mafalda
• A cartomante
• O guarani
• Auto da barca do inferno
Fonte: www.super.abril.com.br
Milena Medeiros de Andrade (Colaboradora da Biblioteca do CEFSA)