Crescendo Juntos

Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

A Introdução da Inteligência Artificial na Medicina

É inegável que, nos últimos anos, o uso da inteligência artificial se tornou comum para a sociedade atual, de assistentes virtuais que auxiliam nas atividades básicas de rotina, criação de imagens e vídeos, tradução simultânea, a algoritmos complexos que simulam e modelam o mercado financeiro global. Desse modo, era de se esperar que a humanidade adequasse essa ferramenta tão poderosa para uma das ciências mais importantes como a medicina (GARCIA; MACIEL, 2020). Portanto, faz-se necessário compreender as vantagens e desvantagens do uso da inteligência artificial na medicina moderna e as suas aplicações.

Atualmente, já é comum ver a inteligência artificial sendo usada em áreas médicas. Com algoritmos avançados, é possível preparar um diagnóstico a partir de dados e imagens de ressonâncias com alta precisão e rapidez, podendo também detectar outras doenças, aumentando a chance de cura. Além disso, alguns softwares podem analisar recursos, medicamentos e técnicas eficazes para implementar projetos que detectam e classificam a doença, podendo, por diagnóstico, conter possíveis pandemias futuras (ROSSI; LOURENÇO; FILHO, 2023); uma IA pode identificar tal situação e alertar as autoridades com antecedência. No que se refere a robôs cirúrgicos, segundo o jornal Estado de Minas, o Brasil é o país que mais faz cirurgias robóticas na América Latina, sendo contabilizadas mais de 20 mil na última década.                                         

Uma das principais aplicações de algoritmos inteligentes usados atualmente é a telemedicina. Os dados dos pacientes podem ser coletados através de prontuários médicos remotos, digitação de anamnese ou via exames complementares sobre a evolução de uma enfermidade ou acompanhamento de uma recuperação. No caso da IA, as funcionalidades não seriam feitas por um humano, e sim, por uma máquina, que auxiliaria na precisão diagnóstica, otimizando o fluxo de trabalho e personalizando o tratamento para cada pessoa (LOBO, 2017). Entretanto, existem algumas relutâncias nessa aplicação, relacionadas à segurança e privacidade de dados e à regulação ética, além da necessidade de confiança que deve existir na capacitação dos algoritmos que tratarão os pacientes.                

Porém, toda nova tecnologia também pode ter suas desvantagens. No caso do uso de IA na medicina, não é diferente, visto que parte da população geral que não tem tanta confiança na exatidão dos recursos tecnológicos pode apresentar uma rejeição significativa para com o seu uso em procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos mais complexos. Dessa mesma forma, essa implementação pode causar um aumento de custos médicos, restringindo mais ainda o acesso à saúde pública, além de gerar uma possível dependência excessiva de médicos no uso da IA, reduzindo a tomada de decisão por parte deles.                                  

Portanto, é fato que a inteligência artificial já faz parte da medicina moderna, mas é preciso ter cuidado. A IBM, empresa tecnológica, já faz uso de um software chamado Watson Health, que analisa imagens de retina, auxiliando no diagnóstico da retinopatia, identificando lesões nos vasos sanguíneos (LOBO 2017). Sebastian Thrun, cientista da Universidade de Stanford, projetou um sistema de redes neurais que pôde diagnosticar lesões benignas, malignas e crescimentos não cancerígenos em pacientes, apresentando 72% de acerto, ultrapassando dermatologistas qualificados que obtiveram apenas 66% (DEL VECHIO; DOS SANTOS, 2020).

Diante do que foi apresentado, é entendido que a IA é uma ferramenta de grande auxílio na medicina atual, e tende a evoluir cada vez mais, mas não pode chegar ao ponto de criar uma dependência da máquina pelos médicos, deixando a parte humana de lado.

REFERÊNCIAS

LOBO, L. C. Inteligência Artificial e Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 41, n. 2, p. 185-193, abr./jun. 2017. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbem/a/f3kqKJjVQJxB4985fDMVb8b/#> Acesso em 07 mar. 2024.

GARCIA, M. L.; MACIEL, N. F. Inteligência Artifical no Acesso a Saúde: Reflexões Sobre a Utilização da Telemedicina em Tempos de Pandemia. Revista Eletrônica Direito e Política, v. 15, n. 2, p. 623-643, ago. 2020. Disponível em: <https://periodicos.univali.br/index.php/rdp/article/view/16866> Acesso em 07 mar. 2024.

ROSSI, R. C.; LOURENÇO, M. S.; FILHO, A. L. V. R. O Papel da Inteligência Artificial no Combate à Pandemia do COVID-19. Interface Tecnológica, v. 20, n. 1, p. 202-213, jun. 2023. Disponível em: < https://revista.fatectq.edu.br/interfacetecnologica/article/view/1688> Acesso em: 07 mar. 2024.

BRAGA, A. V., et al. O Uso da Inteligência Artifical na Medicina. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 9, p. 16407-16413, set. 2019. Disponível em: < https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/3437/3265> Acesso em: 07 mar. 2024.

DOS SANTOS, A. M. J.; DEL VECHIO, G. H. Interface Tecnológica, v. 17, n. 1, 2020. Disponível em: < file:///C:/Users/JULIO/Downloads/administrador,+10-782-Arquivo+do+artigo+em+formato+DOCX-3304-1-18-20200520%20(1).pdf> Acesso em: 07 mar. 2024.

CARACANTE, Ricardo. Inteligência Artificial na Medicina. STAR.MED.BR.. 2023. Disponível em: < https://star.med.br/inteligencia-artificial-na-medicina/> Acesso em 07 mar. 2024.

FELIX, Paula. Inteligência Artificial Protagoniza Revolução Sem Precedentes na Medicina. VEJA. 2023 Disponível em: < https://veja.abril.com.br/saude/inteligencia-artificial-protagoniza-revolucao-sem-precedentes-na-medicina>

Autores: Lucas Guedes Pereira, Lucas Silva de Alencar e Júlio César Moreira Pereira, alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação, da Faculdade Engenheiro Salvador Arena.
Orientador: professor Lucas Demetrius Augusto

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao topo